segunda-feira, 9 de abril de 2012

Alma Voraz

Começar assim.
Não sei se seria o certo já começar assim.
Quando passar mais tempo por aqui em vez do mundo da minha "LUA" então talvez eu aprenda a observar melhor as coisas.

Alma voraz


Me condene pelo que sou.
Me julgue por meus atos.
Minhas asas já não se abrem como antes
Estão manchadas com pragas etéreas
Lembranças imateriais e surreais.
Devaneios criados por uma mente alucinada da qual somos se tornam coisas alusivas.
Desprenda-me de tuas caricias
Desapegue teus sentimentos sobre este jovem "Caído"
Não perca o que demorou para manter
Não olvide sentimentos dolorosos se para ti tem sentido.
Negue-me o afago que aprecio.
Descarte meras lembranças deixadas ao relento
Esqueça o que já fui e o que sou
Lamente sua estimada chaga
Dolorosa tua praga que rogas sobre este ser.
Deixado para apodrecer em jazigo profundo
Alma e corpo dilacerados por tuas garras infames.
Desbrava tua palavra e unte-a com pragas rogadas ao vento
Já fiz minha paga.
O barqueiro já possui  tuas moedas
E mesmo assim meu caminho ainda não esta concluído.
Destrave tuas trancas e marche por locais horripilantes.
Caminhe pelo vale que eu trilhei.
Siga pelo pântano do qual atravessei.
Entenderas a dor que deveras guardo em meu ser.
Estas asas hoje não estão prontas para serem abertas.
Subjulgue meu ser proliferando sua cólera sobre mim.
Tuas palavras tem poder e controle.
Odeio me sentir prezo a correntes de prata da qual não as criei.
Iludiu-me e corrompeu minh'alma e soltou meus demônios internos.
Estas garras que fincaste em minha pele.
Estas marcas que deixaste em meu corpo.
Este beijo venenoso que me prendeu e distorceu minha realidade.
Maldita sedutora.
Maldita carrasca desprendeu meus sentimentos quando estava são.
Distorceu minha realidade e confundiu-me por completo.
Não consegue sair de minha vida?
Não consegue sair de minha mente?
Por tudo que fiz e o que fizeste ainda atormenta esta pobre alma?
Dor alheia gostas de sentir e goza de prazer ao me ver ao contorcer-me.
Delicia-se com o momento em quando sorri.
Abri meu coração e mais uma vez espeta-lhe com sua agulha de prata.
Trancafia-me em cárcere privado.
Atormenta minha mente com juras e promessas das quais nunca estará disposta a cumprir.
Deixai-me a relento.
Liberte-me de minha prisão.
Solte-me de teus braços irreais.
Solte minha mente.
Me deixe viver.
Não sou marionete para que você brinque com suas cordas.
Não sou diversão para meros sentimentos dos quais apagaria.
Afastarei teu carinho se for preciso.
Abandonarei teus braços se assim for necessário.
Um dia olharás teu passado e me verá como nunca viu.
Teus olhos sentirão minha falta e teu coração ira se partir.
Por um simples momento irei virar o avesso.
Todas as pragas rogadas.
Todas noite que lagrimas corromperam minha pele.
Todo o sentimento que um dia existiu e você não deu valor.
Todas palavras e sentimentos que desperdicei em senti-los por ti.
Voltarão a tona mas dessa vez terei meu próprio controle.
E ai sim deixarei de ser subjulgado por teu olhar sedutor e controlador.
Deixarei teus olhos te auto enganar.
Até lá viva tua utopia em comodidade.
Sinta o que sinto.
Viva o que vivo.
Mas esqueça tudo que um dia foi real.
Hoje está em mera escuridão da qual um dia estive disposto a te resgatar.
Viva em teu mórbido véu.
E esqueça que um dia tentei te encontrar.
Hoje vives só e consome-te em profundo sono eterno.
E assim hei de ficar.
Pois em seu tumulo nada mais irei deixar.
Viva tua ilusão até que um dia eu novamente minhas asas reabrir.
E pelo alto céu e vasto espaço.
Esteja disposto a voltar a tomar meu lugar.

Wendigo 20/03/2012

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