Uma parte do que eu sou, e outra parte do que fui. Nada que não possa ser entendido com poucas palavras.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
Contos de lobo PT 9
Contos de lobo PT 9
Não posso dizer que sou uma pessoa 100% sincera, muito pelo contrário, se fosse levar a sério isso, seria uns 45% ou menos, mas não vim aqui para me autojulgar. Após um longo e árduo ano que se passou, não posso chegar e dizer que foi um feliz ano, muito menos dizer que tive grandes coisas ao me “bajular” em expectativas que (não) deram certo, porém, pode dizer-se que... Eu escolhi que as coisas dessem erradas desde o começo, e mesmo assim sabendo da falha, me apropriei do erro e fiz dele uma “sabia” escolha, mesmo no final não sendo a melhor das escolhas, mas por falta de opção, escolhi estar onde estou hoje.
Me peguei em pensamentos me flagelando por motivos “passionais”, e mesmo assim não que eu tenha arrependimentos das escolhas que fiz, porém tive que dar adeus a certas coisas que “talvez” em algum momento fizeram parte do que eu pude ser um dia. Virei as costas para muitas coisas, das quais antes não o faria com o mesmo “grado” de hoje, mas não há nada que eu possa fazer sobre elas hoje, pois essa foi a minha escolha, e hoje aceito como uma decisão correta. No final, o resultado seria o mesmo. Então, porque lutar contra isso?
Venho me perdendo em rumo a algo que ao mesmo tempo me proporciona ótimas lembranças, mesmo que algumas delas eu tenha apagado “por vontade própria” e que não sei no que acreditar hoje. Deixando apenas o ceticismo me levar em lamúrias momentâneas, nada que eu também não possa mudar “futuramente”.
Deixei de acreditar nas pessoas, assim como na palavra dada e na promessa feita, pois ambas podem ser meramente um relance de “apego” ou a carência do que chamamos de “acomodar” com o relacionamento e etcs. Sendo familiar ou companhia que mantemos no dia a dia. E de verdade, venho fugido dessa parte, porém mesmo não querendo... Lá estou eu novamente... A caminhar à deriva e assim como o mar consegue se reencontrar em vários pontos de “partida e princípios”, me encontro nesses pontos de “reencontro”... Mesmo sabendo que a cada dia que passa, eu me sabote, não pretendendo fazer parte desse reencontro, a parte em mim que um dia preferiu se “abandonar”, encontra algo que foi perdido a muito tempo. Essa parte ainda sangra, dói e aclama por “misericórdia”, mas acredito que mesmo após toda relutância, tenha RE(encontrado) algo devidamente olvidado. E mesmo assim me martirizo por esse tipo de sentimento... Aquele mesmo que pode dizer: Olá! É o mesmo que pode dizer: Adeus! Mais uma vez. Não fui feito para criar expectativas e muito menos viver uma vida preso no amanhã que talvez nunca chegue, e por isso... Venho mantendo-me em cárcere, mas mesmo assim, certas coisas me “combatem” dizendo que mesmo que eu não queira, eu não tenho escolha, pois o amanhã sempre virá. Independente do que eu faça ou das escolhas que eu tome, ela virá de qualquer forma.
Fico relutando sobre a palavra “AMOR” e o significado dela, acreditei por um bom tempo ter sentido esse tipo de coisa, mas após um bom tempo recluso de (de mim mesmo) sentimentalismo. Consegui perceber por mim mesmo... Talvez eu nunca tenha amado ninguém. Ou sentido algo do que se pareça com esse sentimento. Não me sinto culpado por misturar sensações com sentimentos, talvez culpado por ter enganado tanta gente dizendo essa pequena palavra. Ou o que para mim é certeza que eu tenha feito. Me equivoquei entre o amor e a velha parte da carência. Misturei os dois e achei que no final fossem a mesma coisa, porém não são. E hoje sei bem disso, minha carência fez com que eu acreditasse que fosse “amor”, mas era apenas coisa da minha cabeça perturbada me dizendo que “talvez” seria, e nela me apeguei e achei que fosse.
Falha minha?... Talvez... Eu falhei com outras pessoas, não comigo mesmo. Eu escolhi isso e sabia das consequências e mesmo assim os fiz. E escolhi isso... Então não foi erro completamente “meu”.
No final acredito que existe um “amor”, porem, talvez eu não esteja pronto para descobrir de verdade o que isso significa ou até mesmo no fundo de tudo, eu não queira sentir isso.
Apenas um ponto de vista.
Assinar:
Postagens (Atom)