quarta-feira, 30 de julho de 2014

Seguindo a maré.




Com o tempo, tive motivos suficientes para apenas ficar parado, apenas coexistindo com meu ser, mas sentado por tanto tempo, aprendemos a apreciar o silencio em si presenciado.
Fiquei por bastante tempo a espreita de que algo acontecesse, mas mesmo aguardando e (perdendo) tempo, notei algo que deixei passar por outras vezes. Como se um peso que ali existia não fizesse mais parte de mim, e esse peso era a duvida. Hoje após uma conversa (desapego) que tive, pude notar o quanto estava preocupado com besteiras e dúbias extras oficiais e me apeguei ao que não devia, mas hoje após esse longo caminho e de conversas pude notar... A maré continua seu ritmo, e pelo visto de uma forma boa. Já posso bater a areia de minhas vestes e deixar que o sol se ponha. Sem culpa e remorso. Apenas seguir mais uma vez. Mesmo que seja em rumo ao nada, pelo menos não estarei parado novamente.
Aprendi a apreciar o silencio em que convivi durante este tempo e me admira o fato de ainda conseguir observar o brilho de meus olhos. Acreditava que eles não mudariam outra vez, mas dessa vez percebi a diferença, Olhando pro horizonte, lá onde o ponto perde o foco, encontrei algo pelo qual seguir em frente. Rumo ao desconhecido e ao nada existente. Apenas seguirei a maré e ver até onde esse ponto de fuga pode me levar.
A água passou e levou as pegadas até onde estou hoje, mas uma prova de que... Não importa na verdade o caminho que você percorreu até chegar onde se encontra, as pegadas somem, os cheiros se apagam e as lembranças... Mesmo que sejam mantidas, são impossíveis de voltar o caminho e refazer da mesma forma. Assim são as pegadas, mesmo que você as refaça, não será a mesma coisa, mas o que fica, é exatamente a experiência adquirida e algo não muda o fato de que... mesmo que um erro seja feito pelo menos 1 vez, nada impede de ser feito novamente. Dessa vez vou tentar não errar, mas não posso dizer que não irei falhar em algo, somos humanos e humanos são falhos. Então, vou seguir o que me aguarda e dessa vez mais animado por saber que, mesmo em dúbias que existem em mim, não me entregarei tão fácil dessa vez.

Apenas seguindo a maré e deixar que ela me leve onde quiser.

Wendigo Wolf
30/07/2014