Após um bom tempo, fiquei recluso de minhas próprias palavras/escritas, mas acredito que devo colocar algumas coisas fora do pensamento.
Sinto a abstinência de algumas coisas que um dia possui... Ou que apenas acreditem que poderiam fazer parte de mim (bem, ao menos de momento), porem certas coisas não mudam. A convivência que se tornou algo caloroso, mas ao mesmo tempo um certo pavor se gerou em decorrência a desconfiança. Fez com que me afastasse mais uma vez de tudo em que acreditei me apegar. Fui desobediente perante minhas formas de "ver" o que estava ali, parado em minha frente, mas eu por relutância decidi me forçar a entregar o que eu "talvez" tivesse em mãos no momento.
Sempre fui de fugir, correr e me esconder de tudo que pudesse me afetar, mas não aprendo... Parece que "preciso" sentir essa dor... Como algo que mesmo dentro de mim, formasse uma forma de prazer doentio. Não entendo quem gosta de sentir esse tipo de coisa, mas ao mesmo tempo me sinto fadado a andar de mãos dadas com este tipo de sentimento. arritmia acelerada que me despedaça aos poucos. Sonhos lúcidos dos quais evito abrir os olhos para encarar... Porem chegou (ou talvez não) a hora de encarar a verdade.. Não há esperanças para nos dois. Não há motivos em continuar um erro. Todos temos que seguir em frente.. Mesmo que isso leve séculos, meses, dias ou apenas segundos.
Mesmo em minha confusão, não acho certo deixar alguém sofrer.. Não consigo, não quero conseguir, mas tenho que deixar o mar seguir seu fluxo. Tenho que deixar que o vento faça seu percurso... Mesmo que seja aquele que passará suavemente sobre as lágrimas que um dia já existiram em minha face. Será o mesmo vento que vai balançar seus cabelos.
Não posso mais me enganar em acreditar que o amanha "pode" ser melhor do que o hoje. Então... Mesmo que doa... Mesmo que eu sinta esta dor que carrego desde que me dou por gente. Temo que este seja meu pedido de desculpas. Por não ser capaz de pensar em um bem para nós dois.
Este é meu pedido de desculpas... Por escolher o caminho que não há voltas. O caminho sem você. Admito minha fraqueza, mas você tem que seguir sem mim. Eu preciso de você, mas para aprender a não precisar, tenho que te ver partir. E mais uma vez, tenho que virar as costas e partir. Cada um pro seu lado. Não posso seguir em frente sem ter que me afastar definitivamente.
Me perdoe por não suportar e aguentar as mudanças. Eu só apenas... Não acredito em mudanças. Então, por mais doloroso que seja... Estes são os meus pensamentos não formulados, mas com uma decisão formada.
Me desculpe, mas tenho que te deixar ir, para enfim continuar meu caminho ao rumo do nada.
Obrigado pela historia que escrevemos juntos, mas não vejo continuação para que o "nós" exista no caminho em que aprendi a seguir...
Mais uma vez... Me desculpe.
Estou partindo e voltando pro meu caminho. Um dia, talvez eu chegue em algum lugar.
Quem sabe... Talvez... Um dia eu chegue em algum lugar, mas isso não pode ser feito sem dizer adeus ao que mais amo.
Gabriel Medeiros Maia
24/06/2014
