Não temo quebrar a cara, não temo quebrar o coração, mas temo perder-me em quem sou hoje.
Viver é simples, porem quem dificulta tudo somos nós mesmos.
Já passei por um pouco de tudo nesta vida e se for preciso passo o resto do que deixei de lado apenas p/ completar a minha tese...
Pessoas não tem tempo por não ter tempo p/ se ter tempo de sobra.
Uma mente se confunde com o real e a utopia, e garanto é muito fácil se perder nestes dois pontos, porem de que adianta? Nada muda, esquecer é simples para quem se fecha para o mundo todo quando o mesmo não tem sentido nem significado.
Perdemos tanto tempo pensando nos momentos ruins que até deixamos os bons de lado fazendo com que o mesmo não tenha existido ou que muito menos fosse importante.
O que é mais fácil, suportar a dor? ou esquecer e sorrir?.. Não tem nada mais fácil do que o outro, porem, quem gosta de ficar remoendo dores de dentro são pessoas completamente vazias. Garanto, se fosse para ficar me lamentando de meu passado já não estaria aqui hoje para contar (escrever) este texto (ridículo) porem, é o que penso... É o que suporto..
Não é simplesmente deixar de lado quaisquer dor ou duvida suprirem magoas antigas, nem muito menos passar por cima da dor.. Principalmente da dor.. O que sentimos ou passamos, aprendemos com isso, porem temos essa mania (tosca) de ficar relacionando algo que já passamos com o hoje e acabamos brigando e brigando e adivinha? Brigando de novo... Pelos mesmos motivos e acabamos dizendo depois:
*Foi tudo igual*...
Tenho pena e um pouco de dó das pessoas que por causa de seu passado se deixam esquecer de quem é. (Não posso falar muito, pois no meu mesmo passado eu não era eu mesmo) digo das pessoas que realmente sabem quem são e mesmo assim caem na imbecilidade de viver a sua infância nos seus tempos atuais de hoje. Acreditando que tudo é fácil e simples de se resolver... (O que não deixa de ser), porem a gente vive tão prezo a essa busca eterna de "quem realmente somos" ou "Por que eu tenho que fazer algo só porque você me diz para fazer?"
Aprendi com o adeus coisas difíceis... Um adeus que não fui capaz de dar, um adeus que não pude ouvir, um sorriso que no final se tornou um sinistro adeus em olhares aleatórios e mesmo assim, não pude fazer nada... Exatamente nada para mudar ou até mesmo "buscar" no desconhecido alguma forma de poder ouvir uma voz que não pode ser ouvida nem muito menos um conselho que se pode seguir... Porem, hoje sigo uma voz, um tutor que por varias vezes me deu dicas e as que eu não ouvi confirmo... Quebrei a cara com gosto só para ouvir o velho "Eu te avisei" ( a quanto tempo não consigo ouvir sua voz...)... Ele sempre me dizia.. "Para que brigar? para que viver assim, sempre deixando as coisas boas para trás por causa de besteira?" Quando deixo tudo a minha volta passar por mim, é apenas por um motivo.. Eu não me importo.. Essa vida passa rápido.. Ela acaba e eu sei que, me lamentar pelo que não fiz ou pelo que deixei de fazer não vai mudar absolutamente nada. Posso deixar muita coisa de lado por preguiça, posso ouvir muito sapo de onde "tenho que viver hoje" pelo que não fiz, porem, De que adianta se na própria voz que eu tinha os meus conselhos não os tenho hoje?
A verdade é... Sou desapegado ao mundo e suas loucuras... De louco já basta eu mesmo..
Não sei explicar como me sinto e muito menos o que se passa em minha cabeça... Quando o silencio se toma e eu apenas apago a cabeça e me deixo apenas "vagar" por ai dentro de mim mesmo.
Tenho tantos pontos de vista que ninguém poderia compreender a não ser eu mesmo. A cada ponto de vista que possuo, tenho de lembranças (algumas doloridas e outras não), porem não posso mostra-las, e muito menos tentar argumentar sobre as mesmas.. Tento escrever sobre isso, mas até as palavras me somem quando tento transcrever o que se passa em minha mente. Passo o dia todo pensando em coisas, mas elas somem quando tento escrever..
Será que estou me esquecendo de novo? Será que o meu problema de lembrar coisas de um certo tempo para cá está tomando o controle de minha mente? Tenho coisas guardadas que posso contar cada detalhe de dias até mesmo meses, porem tem um tempo que não consigo lembrar nem o que fiz nesta semana e muito menos na passada e por ai vai. Minha atenção decaiu bastante ultimamente e não sei como fazer para que ela volte.
Tenho medo disso, porque a ultima vez que isso aconteceu, eu me desapeguei de tal forma que... Me entreguei ao vazio e deixava tudo passar por mim.. Nada me atingia e eu nem ligava para isso. Estava apenas (existindo) se isso pode ser chamado de existir. Era um fantasma de mim mesmo, onde não importava o que acontecia comigo e muito menos com o resto.
As vezes minha mente me leva para lugares diferentes dos quais eu gostaria de estar, e mesmo assim.. Sabe aquela insegurança de apenas querer ficar lá e não sair mais? Sim, o vazio e oco mundo que nós criamos para suprir nossos medos e etcs... tenho vagado muito por este lugar ultimamente, perdido em pensamentos (vazios) e algumas lembranças que aparecem como flash, mas logo se esvai e fico tentando puxar elas seja de onde vieram, mas apenas relembrar um pouco mais dessas (mínimas) lembranças. Fui tão apegado a elas, mas hoje não as tenho, acho que por causa de minha própria prisão da qual me trancafiei. Essa concha que as poucos se abre, mas é tão difícil manter ela aberta , mas nestes poucos momentos em que ela se abre, todas as lembranças vão embora.
Tantos sinais estão aparecendo para mim ultimamente, mas não sei se devo segui-los... As vezes peço que me deixem em paz por um pouco mais de tempo. Peço, (imploro) para que eles parem de aparecer só por um pouco, mas eles vivem aparecendo, ( E de verdade eu não gosto) mas eles insistem em aparecer quando não quero.
Me fechei por muito tempo, não quero mais isso... Não posso mais manter essa concha...
Me sinto como em uma parte da musica do Metallica - The Outlaw Torn:
Me escute
E se eu fechar minha mente com medo
Por favor mantenha-a aberta
Me olhe
E se minha face se tornar sincera
Cuidado
Me abrace
E quando eu começar a me tornar incompleto
Junte meus pedaços
Salve-me
E quando você me ver suportar, me faça lembrar o que deixou este bandido despedaçado.
Não temo quebrar a cara, mas dessa vez temo por despedaçar o que me resta de bom.
O que sinto hoje por você.